O Programa Fábrica da Comunidade esteve, durante os anos de 1985 a 2016, entre as atividades desenvolvidas pela DICES (Divisão de Capacitação e Educação Social) da prefeitura de Cubatão e seu objetivo era realizar a capacitação e qualificação dos cidadões em situação de alta ou muito alta vulnerabilidade social, visando sua inserção no universo do trabalho.
O programa representava a possibilidade de mudança, uma vez que atendia grande quantidade de pessoas vindas de serviços sociais como o PAIF (Programa de Atenção Integral às Famílias), realizado nos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS). Dentre os cursos existentes estavam: Eletricista, Auxiliar Logística, Gestão Portuária, Mecânica, Inglês Básico, Manicure e Pedicure, Maquiagem e Sobrancelha, Patchwork, Curso de Crochê, Inclusão Digital, Corte e Costura, dentre outros.
Referência na região metropolitana da Baixada Santista, o programa recebia alunos de nove cidades vizinhas e muitos dos estágios obrigatórios eram realizados nas empresas da região. Além disso, a Fábrica da Comunidade tinha grande importância em aspectos relacionados à socialização dos munícipes. Entre 2008 e 2016, o programa foi gerenciado pela ADESAF (Associação de Desenvolvimento Econômico e Social às Famílias) e, em função da fragilidade financeira da Prefeitura de Cubatão, teve suas atividades encerradas em maio de 2016.
Para que a reativação do curso de Corte e Costura acontecesse, aplicamos a metodologia autoral do Tellus e realizamos um estudo para entender qual era o papel desempenhado por cada uma das pessoas envolvidas no projeto: professores, alunos, antiga e atual direção, etc. Entender quais eram as principais necessidades do público-alvo e o que de fato elas buscavam ao estarem participando do curso foi algo essencial para todo o desenvolvimento do projeto, propiciando um desenvolvimento e entrega que estariam de acordo com as necessidades dos frequentadores.
Durante as fases de entendimento e análise, identificamos quatro diferentes perfis de alunos: assalariado, empreendedor (que querem gerar renda), aposentado e estudante (que querem aprender algo novo). Com este novo cenário, foi necessário redefinir o desafio, transformando-o em: “Como podemos criar um curso de corte e costura para preparar e capacitar profissionais, conforme as necessidades de desenvolvimento social da cidadã.”
Para construir o diagnóstico, o Instituto Tellus realizou entrevistas com especialistas, professores, gestores e ex-alunos da Fábrica da Comunidade. Além disso, foram construídos ferramentas como mapa de atores do projeto e benchmark dos cursos de corte e costura de outros Municípios, além de visitas aos possíveis espaços de implementação. Com isso, foram identificados alguns desafios e oportunidades:
A terceira etapa do desenvolvimento do projeto Corte e Costura – Fábrica da Comunidade foi a cocriação, dividida em duas frentes, uma voltada à cocriação das capacitações e outra à cocriação do espaço. Após a escolha do espaço, o Tellus contratou o escritório de arquitetura AUÁ para desenvolver o projeto-conceito que, após a aprovação, foi executado, dando início à readequação da sala escolhida para implementação. Todos os documentos tiveram aprovação dos parceiros e do Município, via Secretaria de Assistência Social e Secretaria de Obras. Nesta fase, foram desenvolvidos e entregues:
Durante a fase de implementação, realizamos a execução de todas as etapas idealizadas do projeto, colocando em prática tudo aquilo que havíamos planejado ser feito através das pesquisas e estudos.
O resultado foi a reforma de 3 espaços – dois deles são dedicados às aulas teóricas e práticas, e o terceiro para gestão e almoxarifado. Também foram feitas as capacitações em comunicação não violenta, gestão e liderança, atendimento ao cidadão e uso dos equipamentos, além de serem adquiridos mais de 100 equipamentos como: máquinas industriais de costura, mesa de corte, entre outros, e novos mobiliários para garantir melhor acolhimento, aprendizagem e qualidade tanto no ensino quanto na experiência dos alunos.
Os esforços para a construção de um espaço organizado e funcional, para que fosse possível a realização de eventos através da passarela, por exemplo, assim como a possibilidade de interação entre os participantes do projeto. Nesse momento também buscamos engajar e sensibilizar todos os envolvidos. Representantes da Secretaria de Assistência Social de Cubatão estavam presentes para contribuir.
“Para a empresa, é uma felicidade imensa poder contribuir com um projeto tão importante para Cubatão. Isso também faz parte de um compromisso da empresa de colaborar com o desenvolvimento econômico e social das regiões em que o Terminal Integrador Portuário Luiz Antônio Mesquita (TIPLAM) está inserido”
Leopoldo José Gimenes, gerente geral do TIPLAM.
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